quinta-feira, 31 de maio de 2012

RELATO DE CASO


Às vezes ficamos procurando em revistas, jornais, internet e outros meios de comunicação casos que ocorreram em nossa cidade para publicar no blog, mas ao estar mais atento ao que acontece em nossa volta podemos perceber que existem muitos fatos que não foram denunciados, histórias vividas por pessoas que estão bem próximas a nós. Este é o caso de uma de nossas amigas, para qual usaremos o pseudônimo LB:
LB, uma jovem estudante começou a namorar com um rapaz 4 anos mais velho, relata que eles tinham um bom relacionamento. Mas, com a melhora socioeconômica, seu namorado passou a se comportar de forma diferente e a exigir de LB certos comportamentos como, por exemplo, o controle do peso e a presença dela em eventos dos quais ele participava, para isso ele sempre comprava um vestido para cada ocasião, ela deveria estar impecável, maquiada, como se fosse um personagem que ele criou para mostrar uma aparência. Ele passou a trabalhar muito, mas não gostaria que ela fizesse isso, seu desejo era manter LB dentro de um perfil criado e controlado por ele. Quando ela enfrentou e quis mostrar sua própria personalidade e construir sua independência, vocês podem imaginar o que ele fez?  Isso mesmo, terminou o namoro de 8 anos sem que nossa amiga pudesse imaginar, ela sofreu muito na época e conseguiu juntar uma caixa de coisa que ele a deu para se vestir como uma princesa. Sabemos que os papeis sociais são construídos culturalmente, cada uma aprende com a sociedade o que e ser homem e o que e ser mulher, a esta cabe o cuidado com a casa, filhos, marido, aparência, pois ela e o sexo frágil, mas é preciso lutar para desmistificar essa crença! 
Não se Engane Existe Vários Tipos de Violência Doméstica:

- Violência física: Qualquer ato que prejudique a integridade ou saúde corporal da vítima.

- Violência psicológica: Qualquer ação que tenha a intenção de provocar dano emocional e diminuição da autoestima, controlar comportamentos e decisões da vítima por meio de ameaça, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, insulto, chantagem, ridicularização ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.

- Violência sexual: Qualquer conduta que force a vítima a presenciar, manter ou a participar de relação sexual não desejada, que impeça a vítima de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao casamento, à gravidez, ao aborto ou à prostituição.

- Violência patrimonial: Quando o agressor toma ou destrói os objetos da vítima, seus instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos.

- Violência moral: Caluniar, difamar ou cometer injúria.


Fonte: New Cidadão Guia de Direitos - http://nev.incubadora.fapesp.br/portal Acesso em: 20/05/2012.

Violência contra a mulher - Governo de Sergipe



Vídeo de combate à violência contra a mulher para a campanha promovida pela Assembleia Legislativa de Sergipe.

CAMPANHA - VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - CNJ


Vídeo de divulgação do Conselho Nacional de Justica - CNJ - Contra violência com a mulher

Franja - Violência contra a Mulher



Vídeo de divulgação do governo do estado da Bahia contra a campanha de violência contra Mulher

"Maquiagem" - Toda violência deixa marcas, nem todas desaparecem



Vídeo de divulgação da campanha contra mulher da prefeitura de Suzano -SP

Violência conta a mulher - Maquiagem







Vídeos do Governo do Estado do Maranhão em alusão à campanha contra a violência à  Mulher
Fonte: Blog do Roberto Lobato
http://robertlobato.com.br/violencia-contra-a-mulher/

Violência conta a mulher - Boneca







Vídeos  do Governo do Estado em alusão à campanha contra a violência à  Mulher

domingo, 27 de maio de 2012

Ainda A Violência Contra A Mulher


O novo número da Revista Prisma, publicada pela Associação dos Delegados da Polícia Federal traz artigo de Teresa Surita sobre a necessidade de dar efetividade às políticas de prevenção e proteção contra a violência de gênero no Brasil,e tem como subtítulo.

"Deputada federal defende mecanismos para superar a inefetividade das políticas de proteção e prevenção à violência de gênero no Brasil"

Teresa Surita - Deputada Federal 

leia mais: acessando o artigo na página 58

Aumentam denúncias na Delegacia da Mulher de Cachoeiro





Violência Contra Mulher: A Delegacia da Mulher tem sido uma política pública eficaz no combate a violência contra mulher em Cachoeiro de Itapemirim, por isso o trabalho do gestor deve estar comprometido com a busca pela efetividade dos direitos humanos, independente de qual seja sua formação acadêmica é preciso comprometimento com o trabalho que se desempenha, dando prioridade ao cidadão na definição de programas.
fonte:  TVGazetaSul

sexta-feira, 25 de maio de 2012

RELATO DE EXPERIÊNCIA


Eu que procurava em sites uma matéria sobre violência de gênero e raça ocorrida na cidade de Cachoeiro de Itapemirim para publicar neste Blog, vivenciei uma experiência no mínimo revoltante e vou relatá-la aqui.  Como todo o dia no mesmo horário estava no ponto esperando o ônibus para voltar para minha casa depois de um dia de trabalho, derrepente ao olhar para o lado percebo uma mulher sentada no chão com a cabeça entre as pernas, senti que era uma situação diferente, por isso fiquei olhando pra ela, mesmo tentando manter a discrição. Em determinado momento ela levantou a cabeça e secou os olhos lacrimejados, então não consegui me conter e fui até ela. Ao abordá-la me abaixei e ficando diante de seu rosto perguntei se precisava de alguma coisa, no primeiro momento se mostrou desconfiada, disse que estava ali só pensando na vida, foi quando percebi que seu rosto estava marcado como se tivesse sido profundamente arranhado, reclamou também de dor no braço, mas depois revelou que o maior ferimento estava dentro dela, seu coração estava dilacerado. Foi agredida fisicamente por seu marido, me contou que residia em outra cidade, veio bem cedo para registrar queixa contra seu agressor na Delegacia de Mulher, só tinha comido um pastel até àquela hora, mas relatava medo de voltar pra casa. Naquele momento respirei fundo e como num flash Bach me lembrei de tudo que estudamos nesse curso, principalmente do que está valendo a pessoa humana, aquela lágrima que escorria representava toda a falta de respeito, referência, cidadania, mas também significava a falta de políticas públicas. A história daquela mulher se assemelha a muitas outras que não estão expostas em um site, às vezes nem registradas como ocorrência, mas existem e são frequentes! Aqueles arranhões significam o peso da mão do opressor, de uma sociedade ainda sexista que ainda pauta suas ações como se existissem atribuições naturais para homens e mulheres, sendo esta desvalorizada em nossa cultura e tida muitas vezes como objeto. Além disso, a violência que aconteceu em ambiente familiar afetou também as crianças residentes na casa, indivíduos que estão em fase da construção de sua personalidade, como eles reagem a essa realidade? Será que podem manifestar toda essa violência que vivenciam na escola? Como eles aprendem a lidar com o que é considerado diferente? A discussão desse tema perpassa o que é passível de ser visto, alcançando o tema deste blog que é Igualdade de gênero, raça/etnia na educação formal, Família, hierarquias e a interface público/privado, ela pode e deve ser ampliada, pois a voz da justiça não pode ser reprimida. Reflita que denunciar o agressor não é uma forma de vingança, é uma maneira de se proteger contra outras possíveis ocorrências, de evitar consequências piores para a vítima e para família, forma de facilitar o serviço do poder legislativo, mas também é uma forma de ajudar o agressor, pois assim, ele pode uma oportunidade de mudar de postura. Digamos que todos/as nós somos responsáveis por promover uma sociedade não opressora, dito de outro modo, a injustiça social deveria tocar-nos, da mesma forma como sentimos a nossa própria injustiça.

Saiba como procurar ajuda:
DELEGACIAS ESPECIALIZADAS DE ATENDIMENTO À MULHER:
Delegacia da Mulher - Cachoeiro de Itapemirim - Tel.: (28) 3155-5084
Endereço: Rua 25 de Março, nº 150, Centro, Cachoeiro de Itapemirim. CEP: 29300-000
Central de Atendimento à Mulher – ligue 180. Trata-se de um programa do governo federal. As ligações são gratuitas de qualquer parte do país.